sexta-feira, 18 de julho de 2008

INCENSO BOLIVIANO } }} }}} }}}} }}}}} ...

Todos que entravam lá, sentiam a energia. As sessões eram intermináveis. As bebidas passavam de mão-em-mão com uma rapidez que nem sei porque nunca vaporizavam no ar. Raul era o aniversariante. Raul era o mais bêbado. A piscina estava refletindo a imagem inconstante da lua. Tudo era estéril.

Aquele cheiro enebriava. Estavam todos planetários na noite a qual me refiro. Que noite inteira. Que noite eterna. Nunca tinha ido a um lugar igual. E nunca mais fui. O vento que soprava carregava a felicidade no ar. Era puro. E não era. Era Deus e não era nada. Tocava uma música que acabava e terminava, sem parar. O disco tinha furado naquele momento. E tudo acontecia como se já tivesse acontecido. E as bocas falavam da noite. A noite era dia.

Era mais que cheirar. Era comer. E todos comiam o vento. E o tempo? Bem, o tempo nem mais existia.

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