sexta-feira, 7 de março de 2008
Trocadalho do carilho: a barata é um barato.
quinta-feira, 6 de março de 2008
DEIXA PRA LÁ...
Se a tua vida não está nem perto do que você sonhou.... Se você não é feliz por ter uma vida perfeita e feliz. Se você vive na merda e não tem coragem de sair. Se você se sente um zero a esquerda. Ah... deixa pra lá.
quarta-feira, 5 de março de 2008
Tendência para Pequim 2008
Pode ir preparando o seu fôlego de atleta de bar. A orgia atlética mais globalizada do mundo se aproxima, prometendo rotular até copo de requeijão. A expectativa no país onde cachorro é iguaria é grande. Grande também será a pressão sobre a seleção canarinho, uma eterna paciente na fila do caneco. No entanto, sinto constatar que “Olimpíadas de Pequim” não possuem 13 letras, o que diminui em 99% a chance de subir no compensado mais alto. Desculpa aí, Zagallo.
Por isso mesmo, atentemos para o que de fato possa acontecer lá pelas bandas orientais:
.A cerimônia de abertura mais louca que já se fez, com o intrépido e matreiro Jackie Chan aprontando poucas e boas diante das câmeras. Rumores dão conta de que logo de cara o bastardo do Circo da China fará sua entrada majestosamente no melhor estilo Le Parkour, descendo os arcos do Estádio Olímpico enquanto equilibra um ovo de avestruz na colher.
.Ações de marketing de guerrilha da PETA – People for Ethical Treatment of Animals, em defesa dos cachorros. Rumores (o mundo não seria nada sem os rumores) dão conta de que a estrela da vez para a campanha seria our very own Luisa Mell, aquela gostosa do Late Show.
.Vídeos e mais vídeos de turistas no youtube.
.Um pouco mais de vídeos de turistas no youtube.
.A cerimônia de encerramento mais surtada que já se fez. Um marrento e mirabolante Jackie Chan aprontará poucas e boas, novamente, para deleite da platéia sedenta por sangue. Os rumores (essa palavra é jóia) dão conta de que o chinês apagará a tocha olímpica com sua própria saliva, depois de percorrer de cabo a rabo a Muralha da China. Tudo isso narrado pela chinesa mais vesga de Hollywoord, Lucy Liu.
Céus. A madruga promete.
terça-feira, 4 de março de 2008
KING OF PAIN
Ontem foi um dia esquisito, teve um pontinho preto no sol. O Paulo Maurício morreu.
E quem foi o Paulo Maurício? Pelo menos pra mim, foi um brother. Mas ontem ele foi assassinado com um tiro no peito. Vacilo dele, vacilo do destino.
Mas antes disso tudo. Teve uma grande amizade. Muitas gargalhadas. Muita cerveja. Muita curtição ouvindo Police, Cult, Smiths, Cure, Tears for Fears, Pink, Genesis, Led pra caralho! Teve muita música, muitos momentos massa.
E teve minha primeira dor de cotovelo ouvindo King of pain. Ele me falou que minha alma ficou "quebrada" naquele dia. Ficou mas passou. Hoje ela ficou de novo, espero que passe.
Foda Maurício. Essa foi foda.
segunda-feira, 3 de março de 2008
TUDO E O NADA
realidades distantes. Já não suportava viver daquele jeito. O cotidiano esmagava seus
dias. E os dias passavam macetos, insuportáveis.
Fazia uns 30 graus quando ele atravessou a rua para tomar uma água de côco. O posto
tava cheio de pessoas de todas as idades. Mas nada que lhe chamasse mais atenção do que
um cachorro na areia da praia. Ele rolava, corria latindo, e rolava e latia em direção
ao mar, como se estivesse dizendo algo [e na verdade, ele realmente dizia, quem sabe].
A cidade já dava sinais de que o dia chegava ao fim. Naquela sexta-feira, os amigos
encontravam-se para tomar um chope gelado, bater-papo, paquerar e esquecer, talvez, de uma semana chata e desmotivadora. "O fim-de-semana é o remédio pra todo mal", pensou.
[O cachorro corria na direção do sol ao longe. Latindo. E o posto ia esvaziando PEaos
poucos].
Pegou o ônibus e procurou um canto pra encostar. O dia tinha sido cheio, os bancos estavam lotados e o trânsito uma loucura. Quase não deu tempo de atender todos os pedidos. O engarrafamento fazia de cada minuto, uma eternidade. Alguns rapazes faziam muito barulho na parte de trás, e uma senhora bem gorda, deitava seu peso sobre suas costas, fazendo-o quase sufocar.
Quando chegou na sua parada, saltou do bolo humano como num parto, como se nascesse novamente, como se desgrudasse de um visgo nojeto que todos os dias lhe consumia, indo e voltando do trabalho. Meteu a chave na fechadura na porta, ligou a luz, ligou a TV, e sentou na sua poltrona. Queria tomar um banho, mas também queria ficar ali, quieto, era sexta-feira, os bares estavam cheios, sábado não tinha trabalho [os bancos não abrem, graça a Deus!]. Ficou ali, de frente pra novela assistindo as mesmas tramas, adiantando os diálogos óbvios, pensou em tudo que deixou pra trás e no nada que conquistou até aquele dia.
Adormeceu.