sexta-feira, 18 de julho de 2008

INCENSO BOLIVIANO } }} }}} }}}} }}}}} ...

Todos que entravam lá, sentiam a energia. As sessões eram intermináveis. As bebidas passavam de mão-em-mão com uma rapidez que nem sei porque nunca vaporizavam no ar. Raul era o aniversariante. Raul era o mais bêbado. A piscina estava refletindo a imagem inconstante da lua. Tudo era estéril.

Aquele cheiro enebriava. Estavam todos planetários na noite a qual me refiro. Que noite inteira. Que noite eterna. Nunca tinha ido a um lugar igual. E nunca mais fui. O vento que soprava carregava a felicidade no ar. Era puro. E não era. Era Deus e não era nada. Tocava uma música que acabava e terminava, sem parar. O disco tinha furado naquele momento. E tudo acontecia como se já tivesse acontecido. E as bocas falavam da noite. A noite era dia.

Era mais que cheirar. Era comer. E todos comiam o vento. E o tempo? Bem, o tempo nem mais existia.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Coração bobo, coração bola...[de alguém que quase bateu as botas neste fim de semana]

Clássica a morte de infarto. O cara tá ali, papeando, de repente: click. O corpo desliga a chave. Tem a ver com a comida que o cara come. O exercício que ele não faz. A bebida que ele bebe. O cuidado que ele não toma. E tem a ver com a pressão interna e a externa do corpo e da vida que o cara leva. A maior incidência de mortes por enfarto no miocárdio [modo mais comum de apagar via coração] vem da ala masculina. A macharada morre às pencas. A mulherada, talhada pra sentir dor, consegue segurar mais a barra e morre menos dessa causa. Imagina ai, tá lá o cara no trânsito, ouvindo Supertramp, e a bomba pára. Ele saiu pra comprar sorvete na padaria e sua família ficou esperando com o DVD em pause. Seu filho com pote de pipoca, a filha e a mulher com as tigelas e as colheres em riste. Mas o cara infartou e bateu de cara pro poste, mortinho da silva.
O cara não vai voltar mais pra casa, mas a vida vai continuar do mesmo jeito como começou, sol, café amargo, pão duro, carros, buzinas, sacaneadas, brigas, dinheiro saindo, dinheiro entrando, sorrisos falsos, pernadas, mentiras, corrupção, tristezas em geral. Êita gentinha sem coração.

Festival de Jazz

Pra quem gosta [eu, por exemplo], começou o Festival de Jazz em Manaus. Acima a programação.