CARPEM DIE

Independentemente das coisas horríveis. Os dias são felizes. A vida é boa de se viver. Basta apenas você tirar dos episódios escrotos uma lição. Ver o mundo sob uma ótima positiva quando estiver cagando, por exemplo.Vou tentar provar a tese. Sua mulher acorda de manhã, com aquele hálito das roseiras da Itália e diz: - Quero dinheiro! Tu, fudido, sem grana, vai de pronto: - Não tenho, vai trabalhar! [Gostoso, não?] Ai, tu chega de busão no trampo e seu chefe olha pra tua cara inchada e marcada pelo travesseiro e diz: - Cadê o relatório cara de cu! E tu, morrendo de preguiça, diz: - Não fiz, vai se foder velho brocha! [Isso já juntando as tralhas da gaveta]. De volta pra casa, [com a aquele peido engasgado no toba], tu resolve parar pra tomar umas no boteco e na hora de pagar aquele português azedo te fuzila: - Vai pagar ou não, malandro? E tu na maior marra diz acompanhado dentro de um arroto: "- Peenduurrrraaa!" [Delícia plena]. Atravessando a ponte do barraco, sem emprego e sem dinheiro, com uma vontade de cagar danada, o pilantra chega chegando e manda: - Passa a carteira, viado! E tu peida na mão e bota na mão do meliante dizendo: - pega, é tudo que tenho. O ladrão puto, tasca-lhe duas azeitonas na tua cara, tu morre e vai pro inferno.

Moral da história: Mais vale duas pombas na mão, do que uma no cu. Carpem die!