sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

ESSE NEGÓCIO DE MORTE...

Rapá, [e acho que outras tantas mil pessoas também...] sou muito contrariado com esse papo de morte. Mas sou muito mais com esse papo de doença. Isso sim, fico puto. Quer dizer que o cara morre no final e ainda corre o risco de ficar doente vivo? Já vi e ouvi histórias tristes de pessoas que literalmente apodreceram em vida. Isso é sacanagem.

As pessoas não deveriam ter doenças. Nem dores físicas. Nem psicológicas [as piores]. E por aí vai: espirituais, descomunais. Nada. Só vida boa até a morte. As pessoas deveriam viver com muita saúde até chegar esse dia. Acho justo morrer no final, se viver bem.Depois dar espaço no mundo pra outro chegar pra curtir essa vida maravilhosa. Numa boa.Pra beber quando quiser, pra fumar o cigarro que quiser. Pra transar sem camisinha [que maravilha!],pra beijar onde quiser. Pra comer todas as porcarias do fast-food [ido], pra optar não dormir de noite. Pra correr, pular, sair, sorrir sem sentir nenhuma dor. Nem culpa.

Sei de casos onde a pessoa nem chega a vida. E se nasce é sem cérebro. Com insuficiência respiratória. Cego, surdo e mudo. E se chega a nascer e tem a oportunidade de viver pode ser paralítico, tetraplégico, sem fígado, com coração fraco... [que fique claro aqui que acredito piamente que pessoas que infelizmente nasceram assim, possam viver plenamente a vida]. Mas é radical: sou contra viver doente.

Olha que maravilha: seria o fim dos médicos [ou o começo de uma nova carreira - de orientadores da vida plenamente saudável], que tal? Seria o fim da fila do INSS [pelo contrário dos que pensam que aumentaria], pois homens e mulheres saudáveis trabalham e vivem muito bem até a morte. Seria o fim das drogarias [q também matam muito hipocondríaco]. Aliás, assim como os orientadores, as drogarias poderiam vira espaços onde pudéssemos conhecer remédios que fossem somente para dar mais energia, e não tentar curar uma possível doença...fatal. Seria
o fim das epidemias. Do fumacê contra insetos. Seria o fim das filas da aposentadoria. [É aquele negócio da energia pro trabalho, lembra?]. Seria o fim de muita coisa que hoje só é necessária porque a doençavive em cada um de nós. É grave.

Não, nada disso. Só vida, linda, nem longa, nem curta. Pra se viver na plenitude total. Mas Deus 'têm' seus motivos. E eu sou apenas um homem doente.

2 comentários:

Renato Alt disse...

Um sonho e tanto, né? Seu texto me levou, por alguns minutos, a esse mundo ideal. Belas imagens, cara. Meus parabéns.

Todo Phoda disse...

Blz Renato. A morte não assusta, o que assusta é viver morto. Grande abraço da equipe do todophoda